CONHEÇA UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DA CIDADE DE CONCHAL

Conchal teve seu início como Núcleo Colonial do Estado de São Paulo. As suas atuais terras formaram no passado três grandes fazendas denominadas: “Nova Zelândia”, “Ferraz” e “Leme”. Pelo Decreto nº 2.020 de 28 de março de 1911 as referidas terras foram divididas em dois Núcleos Coloniais distintos que receberam a denominação de: “Visconde de Indaiatuba” e “Conde de Parnaíba”.
Esses núcleos tiveram como primeiros diretores os Srs. Cel. Antonio de Queiroz Teles e Antonio Benedito de Oliveira Ferraz.
Com a vantagem das terras férteis e oportunidade de mercado e transporte os pequenos agricultores que compraram os lotes dos núcleos honraram com regularidade os pagamentos e em 20 de dezembro de 1919 pela Lei 1.725, os dois núcleos coloniais foram emancipados, passando a constituir um Distrito de Paz do Município de Mogi Mirim .
A atual cidade denominou-se, a princípio, “Engenheiro Coelho”, mudando depois para “Conchal”, denominação que conserva até hoje.
As primeiras obras de saneamento básico no município são do ano de 1912, realizadas pelo Estado para evitar a disseminação da malária pelos núcleos coloniais.
Em 1913, após a inauguração do prolongamento da Funilense em 20 de novembro, os colonos também já podiam contar com as facilidades da estrada de ferro. O primeiro chefe da Estação foi o Sr. Josefino Nabão.
Com a chegada de grande número de famílias, com os assentamentos nos lotes rurais e a ocupação dos lotes urbanos, o movimento da ferrovia e os trabalhos dos pioneiros propiciavam uma transformação que se operava a olhos vistos e foi se constituindo uma comunidade e consequentemente uma escola. A primeira professora pública foi a Sra. Adelaide de Barros.  Em 1923 foi inaugurada a primeira rede de energia elétrica com a contribuição dos Srs. João Batista de Oliveira Luz, Cel. Francisco Ferreira Alves e o Dr. Narciso José Gomes, influentes chefes políticos em Mogi Mirim e Araras. Os núcleos mudavam aos poucos, caracterizados por casas de madeira com novas edificações de alvenaria. Casas de comércios surgiram nos pontos mais centrais e na área suburbana proliferavam as serrarias, olarias e as primeiras fábricas de farinha de mandioca.

Fotos: Cine para todos, Estação Ferroviária, Conchal em 1935; respectivamente.

cineparatodos

conchal1935

estacao_ferro

 

Emancipação do município
Conchal também teve suas lutas políticas, mas que nunca tinham chegado a separar, a desunir e a dividir os conchalenses.
No ano de 1944, uma luta desuniu profundamente os conchalenses, separando-os em duas facções fortes, irreconciliáveis e com reflexos maléficos em toda a vida local.
Uma parte do povo, sentindo-se tolhido em seus anseios de progresso, no justo ideal de encontrar dias melhores, entendeu separar-se de Mogi Mirim e passar a pertencer ao município de Araras que poderia abrir melhores dias para o distrito, tendo em vista o completo abandono e descaso, com que era tratado pelo município.
O povo dividiu-se entre araraenses e mogianos e durante vários meses, a população local, sofreu as terríveis conseqüências de uma luta sem precedentes.
Criou-se assim, um ambiente hostil, com ódios e ressentimentos, até que o caso foi resolvido a favor de Mogi Mirim.
O caso passou, mas as conseqüências perduraram por algum tempo, transferindo a luta para dois clubes esportivos, a Associação Esportiva Conchalense e o Conchal F.C.. Aquele abrigando os araraenses e este reunindo os mogianos.
No dia 5 de abril de 1948, as lideranças nascidas dos grupos se reuniram no Cinema Paratodos assumindo um compromisso pela emancipação. Foi, então, criada a Comissão Pró-Município, cuja atribuição seria a de mobilizar os eleitores e providenciar o andamento do processo de emancipação, segundo exigia a lei. Seis meses depois, em 24 de outubro, estando os eleitores devidamente cadastrados, realizou-se o plebiscito em que a população devia se manifestar a favor ou contra a elevação do distrito de Conchal a município. E Conchal foi elevado a município neste dia com 627 eleitores votando favoravelmente.
A partir de 9 de abril os conchalenses finalmente passaram a conduzir o seu próprio destino, elegendo representantes e consolidando a instituição municipal. Francisco Magnusson foi eleito a prefeito por 362 votos.